Muitas mamães e futuras mamães não conhecem o termo PIG, eu confesso que ao ouvir esse termo a única coisa que vinha a cabeça era a palavra porco… Juro! Hehehehe
Enfim, a sigla PIG significa Pequeno para Idade Gestacional, ou seja, quando o bebê nasce a termo, após as 37 semanas, abaixo do percentil 10 para sua idade gestacional. A possibilidade de nascer PIG pode ser detectado com antecedência através da Ultrassonografia a partir das 22º semana, quando é estimado o peso do bebê através de algumas medidas.
Normalmente os PIG de termo não apresentam complicações, o desenvolvimento e comportamento são semelhantes ao nascidos com o peso normal. Entretanto há riscos para asfixia perinatal, hipoglicemia e aspiração de mecônio.
Os PIG por fatores genéticos, infecções congênitas e uso de drogas maternos costumam apresentar problemas maiores dependendo do diagnóstico, mas se a restrição do crescimento for causada por insuficiência de nutrientes uterino a alimentação adequada poderá compensar o crescimento do bebê PIG no pós-parto.
No meu caso, além da gestação ser múltipla, cremos que um dos fatores que “ajudou” na condição do Gustavo ser PIG foi a AUU – Artéria Umbilical Única. Mas Luana que raios é isso? Essa anomalia acontece quando o cordão que liga o feto à placenta conta com apenas dois vasos ao invés de três. Ããããh???
Bom, o cordão umbilical tem a função de transportar oxigênio e nutrientes entre o bebê e a placenta, por isso ela conta com duas artérias e uma veia. As artérias são responsáveis para levar o sangue do feto para placenta e a veia é o inverso. Porém há casos em que o cordão tem apenas dois vasos, uma artéria e uma veia. A AUU normalmente não oferece riscos, mas pode ser um importante marcador para problemas no desenvolvimento do feto, essa anomalia pode ser um sinal para complicações no desenvolvimento do bebê dentro da barriga. As síndromes cromossômicas – como a de Down e a de Edwards – são algumas delas. Outros problemas relacionados são alterações em órgãos fetais, as mais frequentes são as cardíacas, as musculoesqueléticas, as do trato gastrointestinal e as dos sistemas genital e urinário. Quando a AUU não está ligada a nenhuma dessas condições, ela é classificada como isolada.
Resumindo, minha gestação gemelar somado com a artéria umbilical única, as chances do Gustavo ser PIG eram enormes. Tirando o fato da Gabriela ser mais ligeira…kkkkk
Bom, os últimos USGs da gestação, que foram muitos, o percentil do Gustavo não subia, e chegou uma hora que começou a diminuir, mas meu obstetra foi insistente e tentou segurar o máximo para conseguirmos chegar no mínimo a 37 semanas, pois teríamos certeza que o desenvolvimento deles estariam dentro do previsto/normal.
Mesmo nascendo a termo o bebê PIG deve ficar na UTI Neonatal para ganhar peso, no meu caso ele teve alta com 1800g, mas a maioria das maternidades seguram o bebê até os 2000g.
Por esse motivo é muito IMPORTANTE um bom acompanhamento pré-natal, e que seja um bom profissional. Eu sabendo que seria gêmeos procurei fazer o pré-natal com um profissional experiente em gestação gemelar, pois sabia que ele não “causaria” com algumas condições e/ou complicações que poderiam ocorrer durante a gestação, na verdade fiquei surpresa com a tranquilidade do meu obstetra quando passamos por tudo isso, ele não mostrou em nenhum momento que tudo isso poderia ser ruim, as vezes eu ficava irritada. Hahahaha
Explicando bem, mas bem rapidamente é isso que aconteceu com meu filhote.
Curiosidade: Quando o bebê nasce com o peso ideal ele é considerado AIG – Adequado para idade Gestacional e quando nasce grande é GIG – Grande para Idade Gestacional.
Fonte:
8 perguntas e respostas sobre artéria umbilical única
http://www.moreirajr.com.br/revistas.asp?fase=r003&id_materia=243
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